Tontura: quais sinais indicam que é hora de procurar o médico?

Com frequência, recebo pacientes dizendo algo como: “Doutora, volta e meia tenho a sensação de que vou cair; um vago sentimento de tontura, mas não chego a desmaiar.” Esse tipo de queixa é mais comum do que se imagina — e nem sempre está relacionada apenas ao ouvido.

A tontura é um sintoma multifatorial, que pode ter causas no sistema vestibular, no sistema cardiovascular ou até em distúrbios neurológicos e emocionais.

Ao longo dos anos, aprendi que ouvir atentamente o paciente é o primeiro passo para montar esse quebra-cabeça e chegar a um diagnóstico preciso, de forma a propor o tratamento adequado ou fazer o encaminhamento a outro especialista, uma vez detectada a causa subjacente.

E, respondendo de forma direta a questão que propus nesse post: quando a tontura começa a afetar o dia a dia, é sinal de que já passou da hora de procurar ajuda médica, ok?

O que é considerado tontura?

O termo "tontura" é utilizado para descrever diferentes sensações, como vertigem (sensação de que tudo está girando), instabilidade ao caminhar, sensação de desmaio iminente ou desequilíbrio. Pode surgir de forma repentina ou gradual e, em muitos casos, está associada a alterações no sistema vestibular – responsável pelo nosso equilíbrio.

O que pode estar por trás da tontura?

As causas de tontura são variadas e vão desde questões benignas até condições que exigem atenção imediata. Entre as principais:

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Quando procurar um médico?

Alguns sinais indicam que está na hora de buscar avaliação especializada:

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Nesses casos, é fundamental agendar uma consulta com um médico otorrinolaringologista, que é o especialista indicado para investigar alterações no ouvido interno e no sistema vestibular. Em alguns casos, fazemos o encaminhamento ao colega neurologista ou cardiologista, dependendo da causa suspeita.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da tontura exige uma avaliação clínica detalhada, que pode incluir exames específicos como a videonistagmografia, testes de equilíbrio, audiometria e exames de imagem. Identificar a causa exata é o que possibilita um tratamento eficaz.

As opções de tratamento variam conforme o diagnóstico. Podem incluir:

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Os riscos de não tratar

Ignorar a tontura ou recorrer apenas a soluções paliativas pode trazer riscos. Além do incômodo persistente e da queda na qualidade de vida, a tontura pode aumentar o risco de quedas – especialmente em idosos – e pode ser um sinal inicial de doenças que, se não tratadas, podem evoluir.

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